CAIMAN WIKI - Personagens

O universo de CAIMAN, criado por Fernando Couto de Magalhães, é completamente fictício. Apesar de beber de fontes históricas e referências culturais brasileiras, não há aqui a intenção de representar fielmente nenhum povo, tradição ou evento específico. É uma obra de entretenimento inspirada nas histórias contadas pelos avós do autor.

---

Caiman - O caminho das Águas Doces - Personagens.

Heróis da Mandacaru - Ilustração feita pelo artista André César mostrando Pecari, Caiman e Arthur a bordo da Mandacaru, o famoso barco a vapor de Teco.

A saga de Caiman é repleta de personagens com diversas personalidades e origens. Amigos, inimigos e figuras que transitam entre esses dois extremos compõem o elenco que influencia diretamente sua jornada. Cada personagem possui uma história própria, motivações particulares e vínculos únicos com o continente de Aruanã. Ao longo da narrativa, essas relações moldam os conflitos, revelam segredos e ajudam a construir a teia de alianças e tensões deste universo criado por Fernando Couto de Magalhães.

"Apesar do seu lado ranzinza, em seu interior, Caiman divertia-se com as provocações de suas companheiras. Ou melhor, amigas. Pois era isso que via em todos a bordo da Mandacaru: amigos que ela nunca tivera."

NATIVOS

Caiman'yaragun Pura - Jará

Aos 31 anos, a Última Jará, sobreviveu ao massacre de seu povo pelos Boiunacaís quando era apenas uma criança. Adulta, torna-se um mito. Boatos a seu respeito a apresentam como uma mulher perigosa. Possui conexão sobrenatural com as águas doces e é responsável pelo Segredo de Kim. Tamanha é a sua influência ao longo da trama que é considerada por Ymba o único obstáculo ao seu domínio. Caiman é uma figura central do lore de Aruanã: ao mesmo tempo guardiã, símbolo de ruptura e peça essencial em eventos que podem alterar o destino de todos os povos.

"Os mitos a seu respeito eram diversos e a grande maioria exagerada. Fofocas nas tavernas das cidades corriam rapidamente, descrevendo uma mulher de grande bravura, bondade, maldade, crueldade, a depender de onde as fofocas eram feitas. Claro que os mitos a respeito da mulher não criaram vida sozinhos, pois as atitudes da Última Jará contribuíam ativamente para os preconceitos a seu respeito e tornavam-na procurada pelos seus crimes."

Pecari

A Caipora, de idade indefinida, é companheira de Caiman, tendo salvado a Jará do massacre e a treinado para se tornar o Arauto de Kim. É ágil, habilidosa e de personalidade agressiva. O seu objetivo de vida é proteger Caiman.

“Na noite densa, o tempo demora. Caipora, Caipora, me deixa ir embora! Guardiã de olhos atentos e brilhantes, são espíritos que não vemos, mas sabemos que estão lá, nos observando!” Ditado popular.

Tinga - Jará

Amigo de Caiman, também com 11 anos na época da Provação. Corajoso e impulsivo, gosta de provocar a Jacarezinha. Tem trágido destino durante a invasão dos Boiunacaís.

Mamãe Enuá - Jará

Mãe de Caiman, integrante respeitada da aldeia dos Jarás. É paciente, carinhosa e mais tolerante que o seu marido quanto às travessuras da filha.

Papai Aldú - Jará

Pai de Caiman, pescador, homem dedicado ao seu povo e pai protetor, tem a paciência testada com frequência pela filha sapeca. Apesar de firme é afetuoso.

Vovó Dyda - Jará

Avó de Caiman, contadora de histórias, anciã dos Jarás e guardiã de tradições orais. Suas narrativas moldam a visão de mundo da neta. Como uma boa avó, incentiva as travessuras da neta e parece se divertir com a personalidade da menina.

Uiraçu Garipangá - Jacarandá

Menina Jacarandá, aos 12 anos, é prisioneira da Veríssimo Porto, condenada ao casamento com o homem. Passa os seus dias trancafiada aprendendo os costumes dos Pélagos para ser entregue como esposa ao primeiro-ministro.

Anacai - Jará

Filha de Jacaú, Anacaí é uma menina inocente criada num rancho apenas pelo seu pai. É mestiça e vive entre Pélagos que habitam a Vila da Onda Morna. A garotinha vê em Caiman um ideal de força e coragem, além de uma mãe.

Jacaú - Jará

Mestiço, Jacaú vive em seu rancho próximo à Vila da Onda Morna com sua filha Anacaí. Protetor com a filha, ele faz o que for necessário para garantir uma boa vida para a menina. O seu jeito carinhoso e seu afeto pela filha tem grande impacto em Caiman que acaba atraída por Jacarú.

Iú - Yrapé

Caçador jovem da aldeia dos Yrapés, Iú acompanha Caiman em campanha para encontrar o Anhanhá que amedronta os arredores. É um rapaz ambicioso e impulsivo.

Kurumaré, o canoeiro

Figura misteriosa que acolhe Caiman em sua canoa. Num primeiro momento, é apenas um ancião de pele envelhecida, mãos calejadas e olhar cansado, mas revela ser algo além da compreensão humana. Uma figura cósmica, sobrenatural, divina.

"Caiman levou um susto e quase caiu da canoa ao reagir à voz estranha. Era uma voz masculina, calma e serena. Assim que olhou para trás, ela se deparou com um homem de muita idade sentado na parte traseira da canoa. Ele segurava um único remo que estava parte submerso nas águas do rio misterioso. O homem vestia um camisão e uma tanga, ambos de fibras naturais. Sobre a cabeça, ele carregava um cocar com grandes penas cinzas apontadas para cima. A sua expressão era cansada, com olhos quase totalmente fechados."

Chefe Aruama

Poderosa guerreira Icamiaba, líder do seu povo e implacável em combate. Reza a lenda que as suas armas são feitas com dentes do poderoso jacaré-de-papo-amarelo de Kim. Ao cruzar o caminho com a tripulação da Mandacaru, enfrenta Caiman e Maia num ritual chamado Ay’kurumabá, no qual devem lutar para proteger a sua honra.

Vila do Tambaqui

Coronel Brás

Prefeito da Vila do Tambaqui, homem corpulento, de barriga grande e pesada, com um grande bigode no rosto, origem do seu apelido: Coronel Bigode! É dedicado à sua pequena vila e contrata os serviços da Última Jará para investigar o caso do Boi-Vaquim.

Juca, João, Janilson, José e Júnior

Cinco filhos do Seu Josué com Dona Cleide, sendo Juca o caçula atormentado pelos irmãos mais velhos, principalmente após a terrível morte do pai pelo terrível boi com chifres de ouro - Boi-Vaquim.

Família De Cantra

Arthur De Cantra

De família nobre, aos 32 anos, é estudioso responsável por definir as principais rotas de navegação de Aruanã, proprietário de frota de barcos a vapor e companheiro de aventura de Caiman, dedicado a ajudá-la a cumprir sua missão.

“Barcos a vapor de Arthur De Cantra revolucionam a exploração do Rio Ibirá: inauguração da frota marca uma nova era de progresso e navegação científica [...] Cerimônia reúne nobres, acadêmicos e populares da Vila da Onda Morna. Segundo rumores, o próprio Rei de Cales, Gonçalo III, teria enviado uma carta pessoal de congratulação a De Cantra.” Gazeta de Sídero, 37ª edição.

Miguel De Cantra

Irmão mais novo de Arthur, ainda jovem e inconsequente, é um garoto de personalidade oposta ao irmão. Não se interessa por estudos ou títulos e deseja apenas se divertis e namorar com Bárbara Guerra, sua melhor amiga.

Alexandre De Cantra

Pai de Arthur e Miguel, marido de Silvana, é militar aposentado da forças armadas de Sídero, conhecido nos quartéis. Tem personalidade forte, um bigode característico e um orgulho ainda mais inflado que o seu ego. Apesar do jeito durão, é carinhoso e preocupado com sua família.

Silvana De Cantra

Mãe de Arthur e Miguel, esposa de Alexandre, é uma mulher superprotetora quando à sua família e tem o sonho de finalmente casar o filho mais velho, Arthur.

Família Porto

Leonora Porto

Filha de Veríssimo Porto, jovem e com uma beleza extraordinária, aos 22 anos, muda-se do Reino de Cales para Sídero para se tornar aprendiz de Arthur De Cantra. É inteligente, aventureira e torna-se parte da família De Cantra, dedicando-se aos estudos e a cuidar de Miguel. Sua vida vira de cabeça para baixo ao longo da trama.

Veríssimo Porto

Primeiro-ministro do Rei de Cales, governante de Sídero e o Pélago mais poderoso politicamente do continente. É um homem difícil, ganancioso, perigoso e imprevisível. Está sempre na companhia do seu cachorro fila-aruanense chamado Cão.

Velha Cuca

Feiticeira vinda do Reino de Cales, serva da família Porto há gerações. Ninguém sabe ao certo a sua idade e a origem dos seus poderes. É responsável por educar a pequena Uiraçu sobre a história e os costumes do velho continente de Eldora para que se torne esposa de Veríssimo Porto.

Família Guerra

Patriarca Guerra

Pai e chefe de sua tradicional família, pertence à alta nobreza de Sídero e planeja casar a sua filha Bárbara com Miguel, o filho mais novo da família De Cantra. É próximo de Veríssimo Porto e envolvido em misteriosos complôs políticos.

Bárbara Guerra

Nobre, de cabelos notavelmente vermelhos, Bárbara é uma garota de personalidade forte que veste-se e se comporta como um menino, adorando brincar com os seus amigos de Guerrilha, uma versão aprimorada e mais perigosa de pega-pega. É a paixão de Miguel e corresponde os olhares e provocações do menino.

Baía do Badejo

Maia Cabeça-de-Ferro

Capoeira da Baía do Badejo, aos 22 anos, é lutadora habilidosa, discípula do Mestre Iúna e tripulante da Mandacaru desde a invasão dos Capelobos à sua cidade. Determinada, se compromete com a jornada de Caiman para livrar o continente de Ymba.

Mestre Iúna

Capoeira, ancião e líder político da Baía do Badejo. Aos 78 anos, é um homem de grande conhecimento e sabedoria, sempre tendo algo sábio a dizer. É pai adotivo de Maia e mestre dos seus inúmeros pupilos Capoeiras. Anda apoiado num pau de biriba.

Matinta Araê Pereira dos Anjos

Matinta Pereira é uma das criaturas fantásticas de Aruanã, ou melhor, uma poderosa feiticeira que encontra seu lar na Baía do Badejo ao lado de Benício, o amor de sua vida. Ao estabelecer-se com o homem, abandona a sua vida de bruxarias e tormentos à cidade, mas acaba provocando a ira dos seus vizinhos.

Benício

Homem ranzinza, filho de exilados, vivia sozinho em sua casa até conhecer Matinta Pereira, a bruxa que o atormentava no telhado de sua casa. Após a união, deixa de ser um homem melancólico e solitário para se tornar um amante amigo e companheiro.

Família Ribeirinha - Os Mercenários

Hugo Ribeirinha

Irmão mais novo dos Irmãos Ribeirinha, aos 38 anos. Apesar do seu tamanho e brutalidade em combate, é um homem intelectualizado e conhecedor da literatura. É mercenário e se entrega à jornada de Caiman, protegendo ela e seus companheiros com lealdade.

Matteo Ribeirinha

Irmão mais velho dos Irmãos Ribeirinha, aos 40 anos, é dotado de grande destreza e experiência de combate com revólveres e adagas. Ao contrário do irmão mais novo, não se interessa por livros e deseja apenas cumprir o seu trabalho.

Nico Ribeirinha

Sobrevivente do terrível Quibungo, Nico é o terceiro irmão da família Ribeirinha e condenado à forca na Casa de Correção de Sídero. A sua vida dedicada à sua gangue de bandidos definiu o seu trágico destino.

Marreco, Tijolo, Moita e Diogo

Membros da gangue na qual Nico fazia parte. Todos são brutalmente mortos pelo Quibungo.

Mandacaru - O barco a vapor

Teco

Capitão da Mandacaru, aos 48 anos, é pai carinhoso e protetor de Eva, grande conhecedor do Rio Ibirá e seus afluentes e dono de bom humor e espírito aventureiro. É nativo da Vila da Onda Morna e trabalha para a família De Cantra há muito tempo.

Eva

Filha de Teco, aos 16 anos, é uma menina inteligente e curiosa que trabalha na Mandacaru, conhecendo cada sistema, mecanismo, motor e cordas. É nativa da Vila da Onda Morna e não conheceu a mãe, sendo sempre ela e seu pai.

Vovó Bala

Uma figura cheia de personalidade e puro bom humor. É avó de Eva, mãe de Teco e carrega o apelido devido à sua pontaria infalível e familiaridade com armas de fogo. Vive em sua cadeira de rodas e adora provocar o filho dando péssimos conselhos à nega, falando palavrões e provocando os seus inimigos sem medo.

Reino de Cales e Eldora

Rei Gonçalo III

Poderoso Rei de Cales, a quem se acredita ser a personificação do grande e único deus Domvasto. Governante sobre todo o Reino de Cales, Gonçalo III tem em Veríssimo Porto o seu braço direito para o controle de Sídero. É costume entre os Pélagos abençoarem o nome do rei toda vez que ele é citado numa conversa: "Viva Gonçalo III".

“Viva Gonçalo III, Altíssimo, cujo nome não se sussurra pois se entoa como hino. Coroado entre os mortais, sua sombra pesa mais que o ouro de suas catedrais.” Códice. Cânticos 1:7. Reino de Cales.

Sacrossantos

Batalhão pessoal do próprio Rei de Cales. Guerreiros abençoados e santos. São considerados mito até começarem a perambular por Sídero e pelo continente. Boatos dizem que tem formas terríveis debaixo de suas armaduras. Seus corpos são cobertos por uma armadura grande e pesada, com as mesmas placas de aço que protegem os seus cavalos. São figuras imponentes que transmitem tanto elegância quanto brutalidade. Sobre os seus ombros largos, carregam capas vermelhas que criam contraste vibrante com a armadura negra.

“Não há guerreiro mais poderoso e bem-aventurado que os Sacrossantos, ungidos pela própria mão do Rei Gonçalo III, cuja glória jaz além do alcance dos homens mortais.” Códice. Cânticos 2:4. Reino de Cales.

“[...] Portam a lâmina e o fogo, mas neles repousa a justiça. Juízo encarnado, são os Sacrossantos que distinguem a luz das trevas, os puros dos profanos.” Códice. Cânticos 2:6. Reino de Cales.

Domvasto

Eterno e Inquebrável, é o deus único daqueles que vivem no continente de Eldora. Acredita-se que o deus personifica na figura do Rei de Cales, oferecendo grandes poderes sobrenaturais misteriosos e desconhecidos.

“Há somente um, o Eterno, o Inquebrantável, o Senhor de Tudo: Domvasto é o seu Nome, aquele que ocupa tudo [...] Para que Sua palavra alcance os povos do mundo corrompido e pecaminoso, fez-se carne na figura de um grande rei entre os homens. Ao escolhido, deu um fragmento de seu poder para que julgasse, corrigisse e moldasse o mundo conforme os desígnios do Único: Domvasto. Domvasto! E assim nasceram os receptáculos, governando, cada um em sua época, filho após pai, neto após avô. Homem, com poderes divinos, o rei aconselha os mortais e molda o mundo de acordo com a vontade do Deus único. Foram cento e quarenta e três receptáculos...”

Ambrósio I, Ambrósio II, Agostim, Francisco IV, Jerónimo

Ao longo da história, diversos nomes ocupam o cargo de primeiro-ministro do Rei de Cales. Estes são citados por Uiraçu enquanto lê em voz alta a história do Reino de Cales.

Remanso Velho

Roberto

Prefeito do Remanso Velho, é um homem estranho, aparentemente festeiro que gosta de promover diversos festivais em sua cidade. Possui filhas, todas com filhos ou grávidas, o que parece ter relação direta com os mistérios de sua vila. Estranhamente, Roberto persegue rapazes jovens e atraentes que estão na festa para verificar o topo de suas cabeças.

Costa Leste

Afonso

Pai viúvo de uma criança de poucos anos, Afonso contrata Leonora para cuidar de seu filho enquanto trabalha na oficina. É ferreiro, bondoso e vive na Costa Leste com condições de vida relativamente boas para aquela região da cidade.

Casa de Correção

Cabo Santiago

Cabo com futuro promissor das forças armadas de Sídero, trabalha ativamente na masmorra. É um dos poucos homens letrados e intelectualizados. Ao contrário dos seus colegas, não é supersticioso e não teme os boatos acerca da misteriosa menina trancafiada.