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CAIMAN WIKI - Geografia e locais

Atualizado: 13 de nov.

Caiman Wiki Fernando Couto de Magalhães

O universo de CAIMAN, criado por Fernando Couto de Magalhães, é completamente fictício. Apesar de beber de fontes históricas e referências culturais brasileiras, não há aqui a intenção de representar fielmente nenhum povo, tradição ou evento específico. É uma obra de entretenimento inspirada nas histórias contadas pelos avós do autor.


Caiman - O caminho das Águas Doces - Geografia de Aruanã.

Mapa de Aruanã:


Mapa de Aruanã Fernando Couto de Magalhães Caiman o Caminho das Águas Doces

Aruanã é o continente onde se passa a Saga de Caiman, a última Jará, ao longo dos livros de Fernando Couto de Magalhães. Um território extenso que abriga diferentes povos, espécies fantásticas do folclore brasileiro, divindades e forças sobrenaturais. É uma região marcada por grande diversidade geográfica — florestas, rios, planícies e áreas sagradas — e pela convivência entre humanos e seres extraordinários. Nesse mundo, o espiritual e o físico coexistem de forma natural: divindades, espíritos e criaturas antigas influenciam o curso da vida e das civilizações. A sociedade dos Jarás, por exemplo, é uma das principais culturas de Aruanã, estruturada em tradições, rituais e provações que mantêm o equilíbrio entre o mundo dos vivos e o dos deuses.


"O coração da grande aldeia estava tomado por cores vivas. Cestas de oferendas ao deus morto transbordavam com flores e frutas, adornando os arredores da aldeia. Grandes tótens de madeira representando as seis divindades estavam erguidos, onipotentes, vigias, esculpidos por devoção, temor e respeito aos Seis. Suas carrancas eram um lembrete de que a natureza de Aruanã não era misericordiosa."


VEGETAÇÃO

A vegetação de Aruanã é predominantemente tropical, marcada por uma imensa variedade de ecossistemas e espécies nativas. Suas florestas são densas e úmidas, com árvores altas, copas entrelaçadas com cipós, bromélias e flores de cores intensas. A umidade constante mantém rios e nascentes que sustentam tanto as aldeias humanas quanto as criaturas que habitam o continente.

Em contraste, vastas regiões de Caatinga dominam o noroeste de Aruanã, formando paisagens de solo seco, arbustos retorcidos e cactos resistentes. Nessa área, a vegetação se adapta à escassez de chuva, criando paisagens hostis e monótonas.


As regiões centrais de Aruanã, lar de alguns dos povos Nativos do continente, são tomadas por densas florestas tropicais inexploradas pelos Pélagos. Já as Terras Desconhecidas, são regiões obscuras e montanhosas, misteriosas até mesmo para os Nativos.


LOCAIS

Ilha Paranguaré

Grande ilha fluvial localizada no Rio Silente e lar dos Jarás. O seu formato remete ao corpo de um jacaré, animal sagrado daquele povo. Diz a lenda que a ilha é o grande guardião de Kim, que repousou no rio, formando a Ilha Paranguaré. Criatura avistada: CAIPORA e ANHANGÁ


Rio Silente

Um dos principais cursos d’água de Aruanã, conhecido por suas águas profundas, frias e de aparência quase imóvel — o que lhe rendeu o nome. Suas margens são cercadas por vegetação densa e árvores de raízes longas que mergulham direto no leito, criando um ambiente úmido, enevoado e misterioso. À noite, o rio parece emitir um som grave e contínuo, como uma respiração distante, que os Jarás acreditam ser o murmúrio dos espíritos que habitam suas águas.


"É verdade estabelecida entre os Nativos, e até mesmo entre os Pélagos, que não há nada mais belo que o entardecer no Rio Silente. Até as Caiporas concordariam com essa afirmação. [...] A primavera era a melhor época do ano para mergulhar naquelas águas doces e mornas, por mais perigosas que fossem, principalmente ao norte do rio, na confluência entre o Rio Silente e o Rio Ibirá, onde as populações de jacaré eram vastas e hostis."


Rio Ibirá

O mais extenso e sagrado de Aruanã, considerado pelos Jarás como o “veio do mundo”, um caminho espiritual que conecta todo o continente. Suas águas são claras e velozes, ricas em peixes e plantas medicinais, e sua presença garante fertilidade às terras por onde passa. Ao longo de suas margens existem templos naturais, troncos esculpidos e pedras cobertas por inscrições antigas que marcam pontos de rituais e oferendas aos deuses. O Ibirá também é conhecido por sua beleza luminosa ao amanhecer, citada inúmeras vezes ao longo dos livros, quando a névoa se dissipa e o sol reflete nas águas. Para os Pélagos, é a principal rota de navegação e comércio, mapeada por Arthur De Cantra. Sua extensão vai de Sídero, cuja vegetação é tropical e úmida, até a Caatinga, nas regiões mais áridas do continente. Dizem que após alcançar o oeste, o rio ainda desce para o sul, para regiões inexploradas.


ALDEIAS

Aldeia dos Jarás

Lar do povo devoto de Kim cuja principal característica é a pintura facial vermelha. A aldeia está localizada no "focinho" do grande jacaré, ou seja, da Ilha Paranguaré, que possui o formato do animal. É um lugar repleto de arte, cultura e povoada por pessoas trabalhadoras e guerreiras. Não há nadador, nem canoeiro ou pescador melhor que um Jará. Entre os seus habitantes, está o poderoso Ibámbo.


Aldeia dos Yrapés

Mais próximos de Sídero, os Yrapés tem contato maior com os Pélagos e com a rota comercial pelo Rio Ibirá. Sua principal aldeia é pequena e repleta de cores, com grandes peças de tapeçaria e tecidos que representam a sua deusa Ka'gwa e sua guardiã: a onça-pintada. São conhecidos como os maiores caçadores do continente.


Cidade dos Jacarandás

Lar do povo devoto de Kari, a deusa do Gavião Real. A cidade é rodeada por árvores de jacarandá, tendo na praça central o Jacarandá-Rei, a maior árvore do continente, cujo tronco serve como base do governo das Três Irmãs. A sua localização exata é um mistério, protegia pela densa floresta tropical. Os Jacarandás são altamente militarizados.


Aldeia dos Urucumbaús

Localizada na Caatinga, a aldeia dos Urucumbaús vive sob as condições mais hostis de todos os povos Nativos. Ao norte, eles tem acesso ao mar e ao sul às estradas que levam à Serraviva. Devotos do deus Ty'itus e seu escorpião-marrom, os Urucumbaús são duros, adaptativos e guerreiros por natureza.


Aldeia dos Oruy-cuás

Um mistério tanto para os Pélagos quanto para os povos Nativos. Devotos da grande Iara, mestre do maior de todos os guardiões, o tubarão-baleia, os Oruy-cuás vivem em total reclusão, há séculos sem contato com outros povos. Boatos sugerem que estejam localizados nas estranhas ilhas ao sul de Sídero, contornando a margem do continente, porém, as águas agitadas da região tornam as ilhas impossíveis de serem alcançadas.


Aldeias dos Boiunacaís e Surucukuás

Seguidores de Ymba, os Boiunacaís e os Surucukuás são fonte de pesadelos para os Nativos, principalmente após a grande invasão de Boiunacaís ao norte do continente, há vinte anos. Ninguém sabe de onde vieram ou onde vivem, pois até então eram lenda, histórias antigas que remetiam à antiga Batalha-dos-Seis. Rumores sugerem que ambos os povos vivem nas terras desconhecidas e montanhosas ao sul de Aruanã.


SÍDERO

SÍDERO - A Cidade da Mão de Ferro

A grande Cidade dos Pélagos, localizada na região nordeste de Aruanã. É vasta, dividida entre região central e Costa Leste e governada por Veríssimo Porto, primeiro-ministro do Rei de Cales. Grandes torres e catedrais dominam a vista das regiões mais ricas, enquanto a Ponte da Esperança conecta a cidade à região mais pobre e vulnerável. É repleta de feiras, comércios e portos e monitorada por olhos atentos e hostis dos guardas-reais. Nativos e mestiços também vivem na cidade, limitados à Costa Leste e ao preconceito dos Pélagos.


Costa Leste de Sídero

Região mais pobre e vulnerável de Sídero, ocupada por casas rudimentares e torres baixas. Suas ruas são violentas e perigosas, com bodegas e tavernas frequentadas por mercenários, bandidos e caçadores de recompensas. Só é possível acessar a Costa Leste através da Ponte da Esperança, altamente vigiada pela Guarda Real.


Casa de Correção

Masmorra de Sídero ocupada por criminosos, prisioneiros, escravos e qualquer indivíduo julgado pela Mão de Ferro. Diz-se que o tempo não passa no seu interior, pois não há janelas ou luz natural. Pobre daquele que for jogado na Casa de Correção enquanto aguarda o seu julgamento final.


Centro de Sídero

Região da grande cidade habitada pelos nobres e comerciantes com grande circulação de pessoas, carroças e mercadorias. Suas feiras são vastas e repletas de curiosidades.


Torre de Veríssimo Porto

Localizada no centro de Sídero, a torre do primeiro-ministro tem vista privilegiada dos portos da cidade, da Ponte da Esperança, da Costa Leste, do vasto oceano e do próprio continente. É alta e repleta de elementos luxuosos como estátuas de mármore, grandes vitrais e obras de arte em seus longos corredores.


"Os móveis exalavam luxo com suas formas excêntricas e cores quentes que se tornavam ainda mais extravagantes com a luz do sol. Partículas finas de poeira flutuavam dentro dos fachos luminosos. A vista do escritório impressionaria qualquer pessoa, pois tinha um panorama privilegiado de toda Sídero. A torre onde estavam, ao lado do grande Domo central, era tão alta que a vista permitia alcançar a metrópole como um todo, passando pelo Centro, pela Ponte da Esperança, até o oceano."


Colheitas

Conjunto de vilarejos e fazendas localizadas ao oeste de Sídero, responsáveis por abastecer a grande cidade com uma grande variedade de alimentos, artesanatos e suprimentos. É um local bucólico, habitado por uma população rural que trabalha duro sob os comandos do primeiro-ministro e do Rei de Cales.


CIDADES

Baía do Badejo

Conhecida como "Cidade das Cores", a Baía do Badejo e habitada predominantemente por descendentes de exilados de Sídero. É lar dos Capoeiras e Maia Cabeça-de-Ferro, comandados pelo Mestre Iúna, também líder político e espiritual da cidade. Suas casas são pequenas, simples, mas repletas de cores e flores. O porto ao norte da cidade tem grande importância pois tem acesso direto à rota comercial marítima que conecta Sídero à Serraviva. É no porto que acontecem os grandes festivais e as famosas Rodas de Capoeira. Ao sul da cidade, fica um pequeno porto ligado ao Rio Ibirá. Logo, a Baía do Badejo tem acesso ao mar ao norte, assim como o principal rio do continente ao sul. Criatura avistada: MATINTA PEREIRA


Serraviva

A grande cidade ao oeste é um polo artístico, lar de artistas e colecionadores de todo o tipo. Apesar de grande, se comparada às vilas, Serraviva é pequena quando comparada à Sídero e é submissa às vontades do primeiro-ministro e do Rei de Cales. Por estar localizada na Caatinga, a cidade é conhecida por suas altas temperaturas e ruas cobertas pela espessa areia amarelada da região, o que dá aos prédios e torres a sua aparência laranja e deteriorada. Serraviva é também palco de um longo conflito entre as forças-armadas de Sídero e o Cangaço.


VILAS

Vila da Onda Morna

Pequeno povoado à oeste de Sídero, a alguns dias de viagem pelas estradas tranquilas e bucólicas. É uma vila portuária, conectada ao Rio Ibirá. Seu porto tem uma impressionante frota de barcos a vapor pertencentes ao ilustre Arthur De Cantra. Há diversos festivais neste povoado, entre eles o Festival das Flores, com comerciantes, comidas típicas, dança e música.


Vila do Tambaqui

Cidadezinha governada pelo Coronel Brás, lar de diversas fazendas com plantações de milho, café e criações de gado. É simples, rudimentar, lar de um povo trabalhador, mas assombrada pela terrível e intimidante figura do Boi-Vaquim. Criatura avistada: BOI-VAQUIM


Vila da Boa Saúde

A Vila da Boa Saúde é uma pequena comunidade escondida no interior das florestas tropicais de Aruanã, cercada por ipês-rosas de copas densas que praticamente a camuflam do mundo exterior. À primeira vista, é um refúgio paradisíaco — um lugar de paz, fartura e longevidade, onde os habitantes são idosos alegres e saudáveis, vivendo em aparente harmonia. No entanto, sob essa aparência acolhedora existe um segredo sombrio: a vila é devota de Jurupari, o Legislador, uma entidade que representa o domínio masculino e a repressão do feminino. Criatura avistada: JURUPARI


Vila do Remanso Velho

Pequeno vilarejo entre as florestas tropicais e o clima árido da Caatinga, fundado por uma família de exploradores. É um local com muitas festas e celebrações com referências diretas às Festas Juninas. Criatura avistada: BOTO COR-DE-ROSA


Vila das Palmeiras

Vilarejo comandado por fazendeiros e milícia, ao sul do Rio Ibirá, entre a Vila do Tambaqui e a Vila da Onda Morna. É mais desenvolvida que outros povoados, com estradas de pedra, fonte na praça central e a Pousada do Besouro, onde Caiman se hospeda. Criatura avistada: PAI DO MATO


Bodega dos Dedo Torto

Pequena taverna frequentada pelos piores elementos de Sídero: bandidos, mercenários e foras-da-lei. A construção rústica fica sob a sombra de uma grande árvore sumaúma, o que serve como um esconderijo perfeito da lei de Sídero. É afastado, a dias de viagem da Cidade da Mão de Ferro e da Vila da Onda Morna. Criatura avistada: QUIBUNGO


Rancho Anacaí

Pequeno e bucólico rancho de um homem mestiço, filho de Pélago e Jará, chamado Jacaú e de uma pequena e inocente menina chamada Anacaí. O terreno é vasto, com pequenos riachos, ao norte da Vila da Onda Morna, a poucas horas de viagem. O Rancho Anacaí é um dos poucos lugares que Caiman já chamou de lar. Criatura avistada: CUMACANGA

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